Pego na urna das cinzas do meu pai
E levo-a para o cume da montanha
Envolvida por uma chuva estranha
Que, gélida, sobre o meu rosto cai.
O dia triste em escuridão se esvai
E o vento acorda com fúria tamanha
Que num ápice os meus pés apanha
E no abismo negro lançar-me vai.
Tomba no chão a urna, em mil estilhaços,
A alma do defunto galga os espaços,
Num fenómeno de cores brilhantes.
A chuva sossega e o vento é uma brisa
Que agora na minha face desliza...
E no céu etéreo contemplo diamantes.
(Luís R Santos 1/2/11)
Fonte texto e imagem: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=173329#ixzz1CjtV7RlI
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